Uma semana de pausa no Dois Minutos

Craques leitores do Dois Minutos,

Primeiro quero agradecer a todos por acompanhar o Dois Minutos nesses últimos anos, todos que nos seguem nas redes sociais. Sem vocês seria impossível fazer esse trabalho. Informar vocês sobre o que está acontecendo no mundo do handebol é o nosso maior orgulho.

Como muitos sabem, sou apenas eu, Bruna Santos de Souza, que mantenho o blogue. Sou jornalista e estou fazendo mestrado em comunicação social. Estou no último ano e no final deste semestre encerro uma etapa, apresentarei o relatório de qualificação. Um trabalho importante para saber se a minha pesquisa está no caminho certo.

Por essa razão, precisarei de uma semana para finalizar o relatório, fazer as leituras e começar os trabalhos das aulas. Preciso desse tempo não apenas para arrumar a minha vida acadêmica, mas também para poder me dedicar ao blogue.

Nas últimas semanas não tenho me dedicado inteiramente ao Dois Minutos, isso tem me incomodado, pois a missão do Dois Minutos é informar com qualidade e respeito a ti, leitor.

A semana de pausa será essa de 25 a 29 de maio, retornando as atividades no dia 31 do mesmo mês. Assim, não haverá publicações agendadas, atendimento ao publico e atualização das redes sociais.

Peço desculpas e agradeço, de coração, a compreensão. A pausa será para melhorar o conteúdo que aqui é publicado.

Muito obrigada e Vida Longa ao Handebol!

PS: Fiquem em casa, não ponha a suas vidas em risco, elas são muito importantes. A Covid-19 não é apenas uma gripe.

Bruna Santos de Souza, jornalista responsável.

Tamires Anselmo vai jogar na Espanha

Tami conta que realiza um sonho. Foto: Arquivo da Atleta

Tamires Anselmo vai deixar o Pinheiros, depois de três temporadas, e vai rumo a Espanha, na temporada 2020/2021.

A pivô brasileira é a mais nova contratação do BM Salud Tenerife, o sexto reforço para a próxima temporada. O contrato inicial é de um ano.

Para o site do Tenerife, ela declarou que essa é “uma grande oportunidade para evoluir tecnicamente e contribuir nas conquistas dos objetivos nessa temporada. É um sonho que se realiza, porque sempre quis jogar na Europa e como tudo é novo, isso é um grande desafio. Porém estou muito emocionada e com a confiança de que será uma boa temporada”.

Tami, como é conhecida, contou que o primeiro contato com o clube foi através de Pepe Salguero. A decisão de ir à Espanha veio com uma conversa que teve com o esposo. “Eu disse que sim, porque vimos que era uma oportunidade para crescer tecnicamente em um novo clube e uma nova liga”. Assim, ela lembraou que conhece vários atletas que trabalharam com ela no Brasil e que hoje participam da liga espanhola. “Além disso, vejo algumas partidas e percebo um jogo muito rápido e equilibrado”, finalizou.

Duda Amorim concorre a Melhor Defensora da EHF Champions League!

Duda concorre a melhor defesa do continental. Foto: Instagram da atleta

Eduarda Amorim, a Duda, craque da Seleção Brasileira e do Györ, está concorrendo a Melhor Defensora da EHF Champions League Feminina 2019/2020.

Duda concorre a melhor da posição com Linnea Torstnsson, do CSM Bucuresti; Anna Sen, do Rostov; Marit Malm Frafjord, do Esbejerg; e Djurdjina Jaucovik, do Buducnost.

A votação está ocorrendo no site da Federação Europeia de Handebol: http://www.ehfcl.com/en/women/news/Ow8h3A6Uua0bSont8bC0vA/Vote_for_your_favourite_players_in_the_2019_20_All-star_Team

No Instagram, Duda pediu o voto dos seus fãs e alertou: “Pessoal estou concorrendo a melhor defensora da liga dos Campeões! São no total 10 categorias, a minha é a oitava, best defender. Agradeço desde já o seu voto”.

CBHb divulga o calendário 2020

Divulgação

A Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) anunciou nesta sexta-feira, 22 de maio, a proposta do calendário 2020. As competições deverão acontecer no segundo semestre, a partir de agosto e encerrados no máximo até dezembro.

“Estávamos aguardando maiores informações de nossos parceiros nacionais e internacionais para que pudéssemos planejar um calendário de atividades para o ano de 2020. Decidimos por manter a proposta prevista, e a primeira medida foi entrar em contato com as Federações que outrora haviam manifestado interesse em realizar os eventos. Entendemos que as dificuldades serão maiores em sediar e participar, por isso, as decisões foram em não realizar os Zonais; priorizar os campeonatos que são requisitos para o Bolsa-Atleta e a recuperar o Centro de Desenvolvimento. Esse calendário é uma proposta que está sujeita à modificações em função das determinações dos três níveis de governo”, explica Manoel Luiz Oliveira, Presidente da CBHb.

O calendário apresentado contempla a Liga Nacional, os Campeonatos Brasileiros, nas cinco categorias; os Circuitos Brasileiros de Handebol de Areia nas categorias Cadete, Juvenil e Adulto e a Copa Nordeste de Seleções Cadetes. O prazo final das inscrições para os Campeonatos de Handebol Indoor é dia 10 de julho de 2020. Já para os Campeonatos de Handebol de Areia, ainda não tem data prevista.

No caso do Adulto, o Campeonato Brasileiro será de 19 a 23 de outubro. A Liga começará em agosto e terminará em dezembro. O Circuito Brasileiro de Handebol de Praia será em novembro e dezembro.

O calendário completo pode ser visto aqui.

Projeto #VencendoJuntos quer ajudar 33 mil famílias em vulnerabilidade no Brasil

Os atletas que são embaixadores do projeto. Foto: Info Esporte

O Projeto #VencendoJuntos está coletando verba para auxiliar 33 mil famílias, neste primeiro momento, que estão em condição de risco, em razão da Covid-19. Em parceria com o REMS e apoio da Unesco, foi possível mapear as diversas comunidades em vulnerabilidade social no Brasil. O projeto é uma criação de atletas brasileiros.

Embaixadores como Diego, jogador de futebol; Guga, tênis; Bernardinho, vôlei; Gabriel Medida, surf; Lars Grael, vela; Minotauro, MMA; Daiane dos Santos, ginástica artística; Flávio Canto, judô; e Hortência, basquete, estão coordenando a campanha.

Todas as doações serão convertidas em cartões vale alimentação, com carga mensal de R$100,00, durante três meses.

Para conseguir ajudar essas 33 mil famílias, o projeto precisará arrecadar R$10 milhões. Na última atualização, no dia 19 de maio, a arrecadação era de R$1.036.039 milhão.

Os valores de doação são de 1/5 de cesta básica, no valor de R$20,00, até 100 cestas básicas, no valor de R$10 mil. Também é possível doar valores maiores, a partir de depósito bancário.

Na tarde dessa sexta-feira, dia 22, o Comitê Olímpico Brasileiro anunciou que está apoiando oficialmente o projeto #VencendoJuntos.

A princípio serão ajudados famílias ligadas aos Instituto Reação (RJ), Instituto Guga Kuerten (SC), Centro Comunitário Ludovido Pavoni (SP), Instituto Atleta Bom de Nota (PR) e Clube de Regatas Curitiba (PR).

As doações podem ser feitas no site da campanha: https://www.vencendojuntos.com.br/

Mayssa Pessoa lembra do inicio da carreira no Handebol de Praia, as conquistas no Indoor e o atual momento

Mayssa durante jogo pela Seleção. Foto: arquivo IHF

Mayssa Pessoa, campeã Mundial com a Seleção Brasileira em 2013, começou a carreira nas areias. Ela contou para o site da Federação Internacional de Handebol como foi o começo de carreira, como foi parar no handebol de areia, como foi parar no indoor e como está na carreira hoje.

Mayssa contou que começou a praticar handebol indoor, em João Pessoa (PB), com 10 anos, no Colégio Lourdinas, motivada pela professora e treinadora Rossana Marques. Foi Rossana que apresentou o handebol de praia para goleira, na época ela tinha 15 anos. Ela começou a jogar e, algum tempo depois, disputou um torneio regional da modalidade, foi quando a treinadora da Seleção Brasileira Feminina de Handebol de Praia, Claudia Monteiro, a viu e a convocou.

“A treinadora da seleção brasileira Claudia Monteiro veio nos assistir naquele torneio em Fortaleza e onde terminamos em terceiro. Ela sabia que havia esses jogadores novos e talentosos da nossa região e tinha ouvido falar de mim e do time. Ela me viu jogar, conversou comigo e com meu treinador Marques, e então recebi a ligação para a equipe nacional. Eu estava tão feliz. Chorei de felicidade e minha mãe e meu pai ficaram muito felizes por mim”, lembrou.

A goleira ainda lembra da época que jogou a Taça Kika:

“Acho que foi por volta de 2000 que joguei uma competição de praia pela primeira vez, a Taça Kika, que a técnica Marques realiza na minha cidade todos os anos. Joguei pelo time dela, vencemos e continuei sendo eleito o melhor goleiro todos os anos em que joguei. Ganhei muitas medalhas porque estava sempre jogando em uma categoria tão alta.”

Em 2004, aos 20 anos, ela foi convocada para o Mundial do Egito, o Brasil ficou em sexto, porém, a goleira conquistou a medalha de melhor da posição na eleição do All-Star Team.

“Apesar de termos terminado em sexto, foi uma experiência muito boa para todos nós e todos tivemos uma boa impressão sobre nossos próximos passos nas próximas competições. Sabíamos que o Brasil poderia crescer e ser o melhor time do futuro”, afirmou Pessoa, que completou:

“Fiquei muito feliz e orgulhoso quando ganhei o prêmio de melhor goleiro do mundo, nunca esquecerei quando o anunciaram; Eu já estava chorando, como meu treinador me disse um pouco antes da premiação que eu ia conseguir. Eu estava chorando como um bebê, mas foi uma sensação incrível. Logo após o Egito, no ano seguinte, o Brasil se tornou campeão mundial nos Jogos Mundiais na Alemanha, e eu ganhei o melhor goleiro do mundo novamente.”

Os Jogos Mundiais de Praia referido por Mayssa, foi realizado em 2005, na Alemanha. Era a segunda edição do evento e o handebol de praia era esporte demonstração.

“Lembro-me de tantas coisas da Alemanha, foi uma grande experiência na minha carreira e na minha vida. Jogamos contra tantas grandes equipes e vi tantos atletas e esportes juntos, foi incrível. Vencemos a Hungria na final quando lembro que chutei a última bola de dentro do meu gol para vencer o jogo. Chorei muito de felicidade e ainda é uma lembrança muito clara para mim”, contou emocionada.

“Foi como um mini-Jogos Olímpicos para os esportes que não estavam nos Jogos Olímpicos, mas alguns deles estão agora, e espero que o handebol de praia seja outro para adicionar a essa lista em breve”.

Mayssa foi naquele mesmo ano para Portugal, iniciando a sua carreira internacional.

“Foi por causa do handebol de praia que me mudei para Portugal para jogar indoor no Andebol Gil Eanes. O presidente do clube voou para João Pessoa para me ver e conversar com meu pai e minha mãe para me deixar ir jogar lá, então eu voei para Portugal em outubro de 2005”, disse.

Em maio de 2006, a goleira foi defender o Ermua, da Espanha, após chamar a atenção dos espanhóis. Porém, naquele ano não pode defender os arcos brasileiros no Mundial de Handebol de Areia, que aconteceu no Brasil. O clube não a liberou. Nessa edição, o Brasil conquistou o primeiro ouro.

Em 2008, ela defendia o espanhol Zaragoza, que a liberou para defender o Brasil no Mundial de Handebol de Praia, daquele ano, quando a equipe brasileira conquistou em Cádiz (ESP), o bronze.

“O problema era que eu não jogava ou treinava handebol na praia há dois anos e me machuquei no torneio, mas a vitória contra a Itália para conseguir o bronze foi incrível. Foi muito bom estar de volta à areia depois de um longo intervalo, no entanto, foi a última vez que joguei na areia, logo depois que terminei o Mundial, comecei a jogar pela seleção brasileira”, relatou.

No indoor, Mayssa conquistou o Mundial de 2013, realizado na Sérvia, com a Seleção Brasileira.Também conquistou com a equipe nacional ouro no Pan-Americano de 2013, além de outras conquistas com o Brasil. Pelos clubes que passou, conquistou diversos títulos, mas ela destaca o ouro da Champions League 2015/2016, na época defendia o CSM Bucareste.

Atualmente, a brasileira está no Rostov-Don, que disputará a Final Four da Champions League. A competição poderá ocorrer até o final do ano, em razão da Covid-19.

Perguntada se ela imaginava tudo que já conquistou, a goleira respondeu:

“Sim, eu imaginei porque sonhei com tudo o que aconteceu na minha carreira e lutei por isso. Eu tinha certeza das minhas habilidades e sabia que era possível fazê-lo, mas o handebol de praia realmente me ajudou a começar minha carreira profissional. Minha carreira é uma grande história, tantas coisas grandes aconteceram e estou muito orgulhosa de poder fazer meu nome no handebol mundial”.

Em setembro, Mayssa fará 36 anos, mas ela só pensa em se aposentar daqui uns dois anos ou três anos. “Como goleiro, você pode ter uma carreira mais longa que os outros jogadores. Talvez eu volte ao handebol de praia. A modalidade está crescendo em todo o mundo e tenho 100% de certeza de que é um esporte que terá muito sucesso quando se tornar parte dos Jogos Olímpicos, com sorte em 2024”, destacou.

“A Confederação Brasileira de Handebol tem muitos novos projetos planejados para o handebol de praia no futuro para garantir que possamos ver novos talentos e manter o Brasil no topo e eles querem que eu o ajude a crescer. Tenho certeza de que estarei envolvido com as equipes brasileiras de handebol de praia no futuro, seja jogando ou na equipe”, planeja.

Mayssa conta que o atual momento tem a preocupado, não apenas profissionalmente, mas também pessoalmente.

“Estes são tempos muito estranhos no momento. É muito difícil agora, para todos nós, em todo o mundo. Estou treinando em casa, como todos os jogadores. Estamos treinando on-line com nosso personal trainer, do Rostov-Don, todos os dias. Ele nos envia programas para acompanhar e treinamento em vídeo”, relatou, completando que:

“Minha família está toda no Brasil e minha irmã e mãe querem que eu fique aqui na Rússia, no momento, não há vôos de volta para casa, então precisamos esperar e ver o que vai acontecer. Eu falo com eles todos os dias pelo FaceTime. Minha irmã é pediatra, trabalhando em dois hospitais, um perto de sua casa e outro a mais de duas horas. Ela está bem, mas todos nos preocupamos porque ela não pode parar e, em minha cidade natal, como muitas outras partes do mundo, há muitas pessoas com coronavírus, ela é uma heroína e estou pensando em todos que trabalham em hospitais”.

Mesmo preocupada ela se mantém otimista: “Uma coisa que todos sabemos é que isso vai passar e tudo ficará bem no final”.

A goleira destacou que muitas pessoas a auxiliaram na carreira e nas suas conquistas:

“Eu tenho tantas pessoas para agradecer, tantas pessoas que me ajudaram e me fortaleceram quando eu estava lutando para ter uma grande carreira. Quero agradecer especialmente a todos os meus treinadores que tive ao longo da minha carreira; cada um tem sido muito importante em todo o processo”.

“Mas também há pessoas que não me ajudaram; que queriam atrapalhar minha carreira e que queriam me fazer desistir, mas por todas essas pessoas sou grata porque sem elas eu não chegaria onde estou hoje, isso me deu uma motivação maior para vencer na vida, e mostrar que eles estavam errados sobre mim”

Porém, na lista á um agradecimento muito importante:

“Quero agradecer especialmente à minha mãe, pai e irmã, que sempre me apoiaram, não importa o quê; eles sempre queriam que eu seguisse meus sonhos”.

Belenses voltarão a jogar a EHF Cup depois de 11 anos

Belenses disputarão a EHF Cup depois de uma década longe do continental. Foto: A Bola

Nessa segunda-feira, 18 de maio, os Belenses, clube de Portugal, anunciou que aceitou o convite da Federação Europeia de Handebol (EHF) e disputará a EHF Cup 2020/2021. A equipe não disputava a competição no masculino há 11 anos.

A última vez que os Belenses participaram da Cup em 2008/2009, quando chegou a disputar as oitavas de final.

O time foi indicado pela Federação Portuguesa. Nessa temporada, antes da Liga Portuguesa ser paralisada e encerrada em razão da Covid, os Belenses estavam em quarto lugar, com 29 pontos.